Vísceras estreitas cortadas em três, roçam e entortam-se entre si Lascas, restos e unhas pregados em cortiças ásperas, velhas e caídas Criam ares que respiro e partilho, em tempos que não vejo fim Em pólos tão belos e brancos cujo preço são cêntimos as idas
Pássaro azul que voas em céu já vermelho/ Rasas teu corpo em circulos breves, companheiro / Vês sempre aqui o por do sol, ah! que sorte/ Já pousado, em repouso merecido e compreendido / Para sempre será visto assim, por mim, em minha corte.
Corro no sentido da descida. Desço sem querer e vejo-te passar, oh tempo! Passado por ti, em meu chão veio parar. Não o vejo, continuei sem querer. Sem querer, espero tornar-me linha curva, continua, abrindo sentidos perfeitos. Para o ver aos meus pés e engolindo-o em meus olhos, para te perceber....oh tempo!
Isto de dia, aconteceu calmo, ignorando pesos de pêlos que cegam o teu chegar Num Sol branco que o ilumina e sombreia em formas gradientes, claras e conscientes Percebo que tudo é vindo de ti, oh tempo errado, fruto apodrecido com o ar do mar Porque isto não é minha terra. São de outros, que ao invés de mim, estão em meu lugar.
Ser contrastado a preto e branco, ai que dor Cinzentos puros que une a luz do vazio Arma é o escuro do lápis em gesto frio Que arde papel e no fim se torna cor