quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

junto ah cama ainda quente


Amiga camisa, cuja cinta se estreita
Com o amigo cinto cujo couro genuíno é
Amigas botas que ali estão à espreita
Não se esquecerão, porque nu ficaria o pé

penso em peso


sei o peso que faço sobre o telhado,
sei que abriga quem dorme e sonha
sei as horas da chuva que o torna molhado
sei quem sabe o que sei, meu numero e me telefona.

Amor por achar

Esperas perdidas em tempos mais tarde encontrados.
Tempos presentes outrora por achar.
Elásticos são meus movimentos agora e não em passados,
Quando no instante te quero encontrar.

companhia.


Pedra fria que refrescas meu ser, em teu lado, companhia.
Sol que nos adormeces sem perceber, é bom esta partilha.
Estamos nós em frente aquela nuvem, vem chuva, venha ela,
Natural é sua presença, neste outono que se aproxima.

Arvores ainda vestidas, nuas ficarão, sabemos nós e os outros
Num ciclo de vida natural, ritmos nossos, ar que somos
Respirando, sorrindo entre nós, vendo nossos olhares também, dissemos:
- Eternas as memorias ficarão em mim, ensinamentos vindos de ti.

filme de um minuto

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Velocidade controlada


Velocidade controlada nesta estrada recta, sem perigos
Esquerda timida nos faz engraçar, num balanço que promete.
Em frente continuaremos nós, cientes de que o verde maduro ficará.
Que fruta é esta? Perguntamos nós a quem passa.Respondem-nos que é natural. Que nos faz bem. E anos de vida nos dará.

a imagem que tenho do meu andar


solas gastas de cores diversas, que se usam beijando o chao,
que afloram efeitos andantes em campos florais,
passos leves no pisar certo, na berma ja rosada de paixao,
dancam com ventos nortes e suis, gritando meus ais.


ai, sem te ver te consigo mover,

sem te querer te tenho em mim,
ai, com prazer ando sem perceber,

em caminhos de vida e sem fim.

dedicado aos meus sapatos.